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Está chegando o dia 15 de outubro e muitas homenagens serão destinadas ao profissional que dedica sua vida à educação. Nesse momento, vale lembrar qual é o perfil exigido para o exercício do magistério: Estudar diariamente, eternamente. Reciclar, ressignificar. Atender a individualidade dos estudantes, compreendendo o contexto em que estão inseridos. Ou seja, além de ensinar, zelar para que todos realmente aprendam.
Pensar estratégias para a recuperação daqueles que não atingiram o resultado desejado. Preparar conteúdo atualizado sobre o tema. Estar atento as novidades. Acompanhar o crescimento de seus alunos. Utilizar metodologias ativas para que todos participem intensamente do processo de aprendizado. Ser acolhedor. Elaborar cuidadosamente o plano de ensino. Envolver os pais e comunidade nas atividades da escola.
Ministrar aulas, aplicar e corrigir provas. Além de cumprir as horas em sala de aula, permanecer vigilante ao controle da frequência e participação nas dinâmicas propostas. Estar sempre presente nas reuniões escolares. Mesmo recebendo baixos salários, realizar especializações buscando solucionar os desafios da educação. Nunca perder a força de vontade e ainda ouvir que escolheu a profissão "por amor" e, portanto, não pode reclamar se não está sendo remunerado adequadamente. Cooperar nas campanhas para arrecadação de material que auxilie na execução de ações na instituição de ensino. Pressentir, ao chegar exausto(a) em casa, que a tarefa não acabou. Elaborar relatórios das intervenções realizadas.
Ter infinitos trabalhos para corrigir, textos para leitura e planejamento de atuações futuras. Atualmente, com salários atrasados e parcelados, contratos temporários e dificuldades de toda a ordem, é necessário enfrentar o desafio das aulas online, em um país onde não são todos que possuem acesso facilitado às plataformas digitais. Apesar das dificuldades no caminho, sabemos que muitos chegam às universidades, embalados pelo empenho que esses educadores fazem, mesmo com escassez de recursos.
Quando recebemos esses jovens na universidade, incentivamos a colaborarem com projetos de pesquisa e extensão, por meio de grupos que realizam intervenções complementares ao currículo. Sugerimos pautas para a proposta pedagógica dos cursos, primando pela qualidade do ensino, cumprindo integralmente o programa e carga horária da disciplina. Ministramos aulas, elaboramos e corrigimos provas e frequentamos extensas reuniões de planejamento e avaliação de desempenho. Apresentamos resultados de trabalhos em parceria com os discentes em eventos nacionais, internacionais, bem como publicamos em revistas científicas e livros. A atualização constante do lattes é item obrigatório. Nosso engajamento, portanto, é ensinar por meio de uma educação transformadora, conscientizadora e emancipadora. Afinal, precisamos de profissionais éticos, responsáveis, comprometidos com a população, seja qual for a sua profissão futura.
Em tempos de campanha eleitoral, é fundamental incluir os(as) professores(as) nos debates para sugerirem sobre políticas educacionais. Dar valor ao nosso voto pode evitar ouvir o que disse, recentemente, o próprio ministro da Educação: "Hoje, ser um professor é ter quase que uma declaração de que a pessoa não conseguiu fazer outra coisa". Quando aquele que deveria ser o maior apoiador dessa categoria profissional solta essa "pérola", é básico que aprendamos o quanto o resultado das urnas pode trazer de consequências drásticas.
Sabemos que essa profissão tem a capacidade de despertar o interesse e a vontade dos estudantes. Agradeço, imensamente, a todas(os) aquelas(es) professoras(es) que cruzaram o meu caminho. Muito obrigada!